Setembro Amarelo: quando a companhia também salva

Setembro é mais do que o mês que anuncia a primavera, o frio que vai embora ou os dias que vão ficando mais longos. Ele também marca uma campanha de conscientização muito séria e necessária: o Setembro Amarelo, dedicado à prevenção do suicídio e ao cuidado com a saúde mental.


A origem do Setembro Amarelo

Tudo começou lá fora, nos Estados Unidos, em 1994. Um jovem de 17 anos chamado Mike Emme tirou a própria vida. Ele era apaixonado por carros, restaurou um Ford Mustang 1968, pintado de amarelo, e ficou conhecido por isso: “Mustang Mike”.

Após sua morte, amigos e familiares distribuiram fitas amarelas e cartões com mensagens de “se você precisar, peça ajuda”. Esse gesto simples, simbólico, cresceu com o tempo. Em 2003, a Organização Mundial da Saúde instituiu o dia 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, intensificando ainda mais o alerta global.

No Brasil, a campanha passou a ser oficialmente adotada em 2014-2015 por instituições como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Centro de Valorização da Vida (CVV). O objetivo: dar voz, chamar atenção, derrubar muros do silêncio, estender redes de apoio.


Setembro Amarelo em Rio Preto: ações que aconchegam

Aqui em São José do Rio Preto também há iniciativas concretas que mostram como a campanha vai além de cores e palavras: há encontros, conversas, espaços de escuta e empatia.

A Secretaria de Saúde de Rio Preto organiza ações em todas as Unidades Básicas de Saúde e no hospital municipal para conscientizar sobre prevenção ao suicídio, promover saúde mental e reforçar a importância de uma rede de apoio.

Um dos eventos marcantes foi promovido pela Funfarme, com psicólogos reunidos na Praça Ruy Barbosa para palestras, contação de histórias, música ao vivo, alongamento, além da distribuição de material informativo. Um momento de encontro com acolhimento e cuidado para quem estiver precisando.

Também houve uma atividade promovida pela Câmara Municipal, via Escola do Legislativo, com a psicóloga Naiara Lima debatendo “Saúde Mental no Trabalho”. O tema é muito relevante, pois mostra que nossa vida não está fragmentada: tudo contribui para nosso bem-estar, inclusive como vivemos nosso dia a dia profissional.


A televisão como abraço

É aqui que a TV Rio Preto pode (e deve) se ver como mais do que um veículo de notícias, entretenimento ou divulgação: como companhia.

Para muitas pessoas, em momentos de solidão ou dificuldade, a TV é presença. Ela informa, distrai, acalma, traz esperança. Ela contém histórias que falam de vidas semelhantes, experiências que fazem companhia, que dizem “você não está sozinho”.

Quando falamos de prevenção ao suicídio, de Setembro Amarelo, esse papel de apoio — mesmo indireto — é valioso. A TV pode:

dar visibilidade às vozes que precisam ser ouvidas: especialistas, pessoas que passaram por crises, seguidores de causas de cuidado emocional;

divulgar eventos, campanhas, redes de apoio;

oferecer conteúdos que eduquem, acolham, que tragam luz a assuntos que ainda carregam muito estigma.


Um convite: olhar para o outro

Se chegaste até aqui, saiba que há espaço para ajudar — mesmo com passos pequenos.

Abra uma conversa: pergunte, escute.

Compartilhe informação seguras sobre saúde mental.

Se necessário, oriente para buscar ajuda profissional ou instituições como o CVV (número 188).

E lembre-se: ninguém precisa enfrentar seus pensamentos sozinho.


Conclusão

Setembro Amarelo nos convoca não só a olhar para fora — olhar ao redor e perceber quem pode estar precisando de companhia, de cuidado, de uma palavra amiga — mas também a olhar para dentro. Reconhecer quando nós mesmos precisamos de apoio, permitir-nos pedir ajuda.

Na TV Rio Preto, estamos aqui para isso: para informar, acolher, ser companhia. Porque valorizar a vida é tarefa de todos nós.


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